O governo da Itália e mais de 30 associações empresariais assinaram um pacto para impor controle de preços em produtos alimentares e de amplo consumo até o fim do ano.
Batizado como “trimestre anti-inflação”, o projeto entrará em vigor em 1º de outubro e busca combater a disparada do custo de vida no país, puxada por itens da cesta básica e pelos bens energéticos.
“É uma iniciativa que vai além do valor econômico. É uma bela mensagem à nação, aos italianos, sobre a capacidade que a Itália tem de trabalhar unida nos momentos de dificuldade”, disse a premiê Giorgia Meloni em uma cerimônia no Palácio Chigi, sede do governo, em Roma. A primeira-ministra também já cogitou prorrogar o pacto anti-inflação se os resultados no último trimestre de 2023 forem positivos.
“Se funcionar bem, todos vamos trabalhar para prolongar essa iniciativa”, prometeu. As negociações com entidades do setor de distribuição e da indústria duraram várias semanas e, segundo Meloni, demonstram que o governo “sabe escutar e tem a humildade de pedir ajuda quando precisa enfrentar situações complexas, como a espiral inflacionária” em que o país se encontra.
A inflação na Itália fechou o mês de agosto com alta de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, porém os preços de alimentos manufaturados (10%) e não manufaturados (9,2%) tiveram crescimentos acima da média.
Nos últimos meses, o governo Meloni anunciou outras medidas para conter a inflação, como a exigência de postos de combustíveis exibirem os preços médios cobrados em sua região para que o consumidor possa compará-los com os valores praticados pelo estabelecimento.