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ECONOMIA: Itália deve aplicar reformas estruturais para aumentar sua produtividade

A Itália deve aplicar reformas estruturais "verdadeiramente decisivas" para aumentar sua produtividade, estimou o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean-Claude Trichet. "O problema mais importante do crescimento na Itália é a produtividade do trabalho. Isto requer reformas permanentes e verdadeiramente decisivas", declarou Trichet à imprensa italiana.

Também estimou que se a Itália e a Espanha conseguirem aplicar políticas orçamentárias críveis, estes dois países "seguirão registrando progressos" nos mercados obrigatórios.

CRISE NA EUROPA

A possibilidade de contágio econômico e piora da situação de países importantes da zona do euro têm levado o mercado a duvidar da capacidade de pagamento de países como Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia (conhecidos como Pigs pela inicial de seus nomes em inglês e em oposição às economia emergentes do Bric). Há ainda analistas que incluem a Itália na sigla, acrescentando mais uma letra I, aumentando a sigla para Piigs.

A origem dos descontrole financeiro é a falta de fiscalização dos bancos e os gastos governamentais, os enormes defict públicos. Basicamente, o rombo estatal é derivado da ajuda a grandes bancos e de bolhas imobiliárias.

Em novembro, a Irlanda recorreu a um resgate internacional de 85 bilhões de euros (US$ 113 bilhões) da UE (União Europeia) e do FMI (Fundo Monetário Internacional), incluindo os 35 bilhões de euros destinados especialmente ao setor bancário. Em maio, a UE e o FMI fecharam um acordo de resgate financeiro de 110 bilhões de euros (R$ 256,3 bilhões), válido por três anos, para salvar a economia da Grécia, que enfrentava o risco de um calote da dívida devido à sua grave situação fiscal.

Em maio, a UE e o FMI fecharam um acordo de resgate financeiro de 110 bilhões de euros (R$ 256,3 bilhões), válido por três anos, para salvar a economia da Grécia, que enfrentava o risco de um calote da dívida devido à sua grave situação fiscal.

A Grécia planeja reduzir seu deficit público em 2011 para 7,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2009, o número chegou a 15,4% do PIB.

Os esforços da Grécia em cortar gastos gerou greves e protestos violentos no país ao longo deste ano. Outros países da zona do euro em grave situação fiscal, como Irlanda e Portugal, são alvos em potencial de novos resgates financeiros.

O governo português insiste em que não precisará de ajuda externa e que as medidas de cortes de gastos serão suficientes para que honre suas dívidas.

Portugal não tem dívidas tão grandes quanto as da Grécia nem bancos tão problemáticos como a Irlanda, mas está com a economia estagnada.Há projeções de que o país tenha crescido 1,3% em 2010, após queda de 2,6% em 2009. Para 2011, a expectativa é crescer apenas 0,2%. Analistas acreditam que Portugal irá necessitar de algo entre € 50 bilhões (R$ 109 bilhões) e € 100 bilhões (R$ 218 bilhões) de ajuda.

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