Catolicismo Romano

Zelensky presenteia Papa Francisco com pintura sobre massacre de Bucha

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitou o papa Francisco e o presenteou com uma pintura a óleo representando o Massacre de Bucha, cidade palco de possíveis crimes de guerra durante o período de ocupação russa.

O encontro privado na Sala da Biblioteca do Vaticano ocorreu das 9h45 às 10h20 (horário local), após o Pontífice ter recebido o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.

Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, as conversas entre Francisco e Zelensky “foram dedicadas ao estado da guerra e à situação humanitária na Ucrânia, bem como às formas que poderiam pôr fim a elas, conduzindo a uma paz justa e estável no país”.

Além disso, “também foram examinadas algumas questões relacionadas com a vida religiosa no país”.

Durante o encontro, o argentino entregou a Zelensky um baixo-relevo em bronze fundido de uma flor em botão, com a inscrição “A paz é uma flor frágil”, e a mensagem para o “Dia Mundial da Paz” deste ano, os volumes dos documentos papais, o livro sobre Statio Orbis de 27 de março de 2020 e o volume “Perseguidos pela verdade, os gregos-católicos ucranianos por trás da Cortina de Ferro”.

Já a tela recebida por Francisco representa o município nos arredores da capital ucraniana que permaneceu sob domínio das tropas da Rússia durante o mês de março de 2022, até que Moscou decidiu concentrar suas forças na conquista do Donbass, no leste do país.

Após a retirada russa, as autoridades ucranianas denunciaram diversos indícios de crimes de guerra contra a população civil em Bucha, incluindo corpos jogados nas ruas, cadáveres com sinais de tortura e valas comuns com dezenas de mortos.

O encontro entre Jorge Bergoglio e o líder do país “martirizado” por um conflito que já dura mais de dois anos e meio ocorre quatro meses após a reunião bilateral durante o G7 em Puglia.

Antes disso, Francisco e Zelensky já haviam se encontrado em uma audiência no Palácio Apostólico, no Vaticano, em 13 de maio de 2023. Na ocasião, ambos “concordaram com a necessidade de continuar os esforços humanitários em apoio à população”, enquanto o Papa enfatizou, “em particular, a necessidade urgente de ‘gestos de humanidade’ em relação às pessoas mais frágeis, as vítimas inocentes do conflito”.

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