A apertada vitória do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, por 314 a 311 em uma moção de confiança na Câmara desatou protestos e fortes confrontos na frente da sede do Senado, da praça Veneza e da praça do Povo, no centro de Roma, deixando pelo menos 50 policiais e 40 manifestantes feridos.
Além disso, 41 manifestantes foram detidos sob acusação de resistência, devastação e uso indevido de armas.
Os policiais e manifestantes se feriram em confrontos depois que várias centenas de estudantes tentaram atravessar o cordão policial instalado em torno do Palácio Madama, sede do Senado, e lançaram vários objetos contra a sede da Câmara Alta.
Segundo a empresa municipal do Meio Ambiente de Roma, os danos causados ao patrimônio urbano superam os 500 mil euros. Após a ação policial, os manifestantes se dispersaram, enquanto no Senado foram fechadas todas as portas e os políticos foram orientados a não sair à rua.
Também nas imediações do Palácio de Montecitorio, sede da Câmara dos Deputados, houve enfrentamentos entre a polícia e os manifestantes, a maioria deles estudantes que protestavam pela reforma universitária proposta pelo Executivo.
Milhares de pessoas fizeram manifestações desde primeiras horas da manhã em toda Itália para protestar contra o governo de Silvio Berlusconi. As concentrações mais importantes foram registradas em cidades como Roma, Milão, Turim, Palermo, Catânia (região), Cagliari e Bari.
O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, que foi à praça do Povo, onde foi vaiado por várias pessoas, afirmou que a 'Cidade Eterna' foi "ofendida pela violência como não ocorria há muitos anos" e assegurou que o que aconteceu é "uma vergonha".