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União Europeia evoca sanções contra Israel após falas de ministros

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, evocou a adoção de sanções contra Israel caso ministros do país incitem crimes de guerra contra palestinos na Faixa da Gaza.

A declaração chega após o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, de ultradireita, ter pedido o corte do fornecimento de combustível e ajudas humanitárias para civis, enquanto o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também radical, ter dito que seria “justificável e moral” deixar que 2 milhões de palestinos morressem de fome para libertar os reféns em poder do Hamas.

“Enquanto o mundo trabalha por um cessar-fogo em Gaza, o ministro Ben-Gvir pede cortes de combustível e ajuda aos civis.

Assim como as sinistras declarações do ministro Smotrich, isso é uma incitação a crimes de guerra. Sanções devem estar na agenda da UE”, escreveu Borrell, alto representante do bloco para Política Externa, no X.

“Exorto o governo israelense a se distanciar de forma inequívoca dessas incitações e se envolver de boa fé nas negociações facilitadas por EUA, Catar e Egito para um cessar-fogo imediato”, acrescentou.

Os EUA tentam intermediar as negociações para uma trégua em Gaza, mas as conversas se complicaram após o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em 31 de julho, e o ataque de sábado (10) a uma escola na Faixa de Gaza que deixou mais de 90 mortos, segundo balanço do grupo islâmico.

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