O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) alertou para a queda da vacinação contra o sarampo na Itália em 2022 em um relatório.
Segundo o documento, 92% da população-alvo recebeu a primeira dose e 86% a segunda, uma retração de 1% e 3%, respectivamente, em relação aos números de 2018. Com isso, o país está distante da média de cobertura considerada ideal para evitar a proliferação da doença, que é de 95% “com as duas doses e de maneira homogênea por todo o território”.
A situação italiana acompanha a queda vista em “muitos países europeus” e isso indica que “é provável que vejamos um aumento no número de casos da doença no futuro”.
“O vírus pode encontrar uma maneira de se difundir em áreas populacionais não protegidas, levando a focos também em países que erradicaram o sarampo”, alerta o texto.
Em particular, destaca o ECDC, “as crianças com idade inferior a um ano são o grupo com a maior incidência de casos porque são muito pequenos para serem vacinados e, por isso, precisam ser protegidos pela imunidade de grupo”.
Além disso, outro alerta dado pelo órgão é sobre a vacinação contra a pólio, sendo que cerca de 2,4 milhões de crianças que vivem nos países do Espaço Econômico Europeu (EEE) podem não ter recebido as três doses contra a doença no tempo indicado.
A região europeia é considerada livre de poliomielite desde 2002, mas o vírus continua a circular pelo mundo.