A União Européia (UE) alertou o governo de Mario Monti que, se não conseguir por um fim aos bloqueios de rodovias e estradas, que impedem a livre circulação de mercadorias, a Itália poderá incorrer em infração.
Além disso, o sindicato dos caminhoneiros italianos "Transportes Unidos", anunciou a continuação do protesto, apesar das ameaças da ministra do Interior, Annamaria Cancellieri, sobre a adoção de medidas extraordinárias.
"A Itália deve agir rapidamente para corrigir o problema e garantir a livre circulação", solicitou o comissário europeu Antonio Tajani, em uma conversa telefônica com Cancellieri.
Fontes da Comissão, mesmo considerando positiva a colaboração entre as instituições nacionais e europeias, alertou para o risco da abertura de um processo judicial contra a Itália se os protestos e bloqueios nas estradas continuarem.
"Diante da persistência de alguns obstáculos e dos danos econômicos que estão causando, insisti para que se respeitem as normas europeias sobre a livre circulação", comentou Tajani.
No entanto, as caminhoneiros não pretendem ceder. "Nós continuaremos o protesto até que sejamos ouvidos", disse Tommaso Alessi, um dos líderes do setor, em greve há quatro dias no pedágio de Rosarno, na rodovia A3 que vai para o Sul da Itália, a conhecida Salerno-Reggio Calabria.