Este são alguns dos dados levantados pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat, em italiano) durante 2010. De acordo com o estudo publicado hoje, "Nós, Itália. 100 estatísticas para entender o país em que vivemos", a comparação com os dados do ano anterior demonstra "uma diminuição de outros dois pontos percentuais [de 29% para 27,1%] da percepção do risco de criminalidade sobre todo o território nacional".
Porém, de acordo com a região, esta proporção muda. Em Campânia, no centro-sul da Itália, o risco de criminalidade é o maior do país, 40,2%, enquanto o menor risco foi registrado em Basilicata, também ao sul, com 5,2%.
Segundo o Istat, a juventude não está incluída na educação escolar, nem no mercado de trabalho, e os incluídos representam "pouco mais de dois milhões, 21,2% dos jovens entre 15 e 29 anos". A proporção de exclusão dos estudos e do trabalho entre os jovens na Itália é a mais elevada da Europa, de acordo com dados de 2009.
Nesse mesmo ano, "as famílias em condições de pobreza relativa equivaliam a 10,8% das famílias residentes" no país, o que representa 7,8 milhões de indivíduos pobres e 13,1% da população residente, segundo o estudo. A pobreza absoluta, por sua vez, abrangia 4,7% das famílias e um total de 3,1 milhões de pessoas.
O panorama regional evidencia a desigualdade entre a parte continental e a insular da Itália, "com valores de incidência maiores que o dobro em comparação com a média nacional". No sul do país, as famílias em situação de pobreza relativa são 22,7% entre as residentes, contra 4,9% no norte e 5,9% no centro, e as que estão em situação de pobreza absoluta representam 7,7%, contra 3,6% e 2,7%, respectivamente.
Segundo as estatísticas levantadas, um em cada cinco empregos no sul da Itália é ilegal, e na agricultura, um em cada quatro o são, enquanto em todo o país, a quantidade deste tipo de posto de trabalho é de 11,9%. A região com mais empregos ilegais é a Calábria, no extremo sul do país, com 26,6%, e a com menos é a Emilia-Romagna, no norte, com 8,5%. Estes dados são relativos a 2008.
Cerca de 45% dos desempregados estão procurando emprego há mais de um ano na nação europeia, que registra a maior taxa de desemprego da União Europeia (UE), cuja média neste quesito é de 27%. Entre as mulheres, a taxa de desemprego foi ainda maior em 2009: 48,9%, o segundo maior índice da UE, atrás apenas de Malta.
Com relação aos dados educacionais, o instituto verificou que, durante ao menos um ano, 47% dos italianos leram ao menos um livro. Além disso, "pouco mais de um italiano em cada dois [55%] lê um jornal ao menos uma vez por semana, e pouco mais de um em cada cinco utiliza a internet para ler (…) jornais, notícias ou revistas".
O estudo também revelou que a Itália tem mais idosos do que jovens. "Em primeiro de janeiro de 2020, eram 144 idosos para 100 jovens". "Na Europa, apenas a Alemanha apresenta um índice de velhice tão acentuado", comenta o Istat.
A vida média dos italianos é de 84,1 anos para as mulheres e de 78,9 anos para os homens, tendo havido um aumento médio de 2 anos e 1,3 ano para cada sexo entre 2008 e 2009, respectivamente. Estes são os níveis mais altos entre todos os países da UE.