O Tribunal de Milão suspendeu o processo contra o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi conhecido como "Rubygate" para esperar a sentença da Corte de Cassação sobre um recurso apresentado pelos advogados do político.
Os juízes suspenderam o processo após terem também aceitado o pedido da defesa de Berlusconi, que alegava que ex-primeiro-ministro estava impossibilitado de participar da audiência por causa de reuniões políticas na Câmara e no Senado.
Os advogados de Berlusconi, Piero Longo e Niccoló Ghedini, eleitos deputados pelo partido Povo da Liberdade (PDL), também não poderiam comparecer diante dos juízes devido às reuniões.
A lei italiana permite o chamado "legitimo impedimento", que prevê que o réu pode justificar sua ausência da sala do tribunal e pedir a suspensão do processo. A lei foi criada em 2010, durante o governo de Berlusconi.
A próxima audiência do processo contra Berlusconi será no dia 22 de abril. A suspensão da audiência também se aplica automaticamente aos termos de prescrição.
No processo conhecido como "Rubygate", Berlusconi é acusado de concussão e favorecimento à prostituição de menores.
O processo começou quando a marroquina Karima el-Mahroug, conhecida como Ruby contou a juízes de Milão sua participação em festas na casa de Berlusconi quando ainda 17 anos.