
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que a morte de Eluana Englaro deve ser para todos "um motivo de reflexão e de busca responsável pelas melhores vias para acompanhar com o devido respeito o direito à vida, ao amor e ao cuidado dos mais fracos".
O jesuíta Lombardi acrescentou que a morte de Eluana deixa em todos "uma sombra de tristeza" pelas circunstâncias em que aconteceu.
A morte de Eluana, em coma vegetativo havia 17 anos, também foi comentada pelo "ministro da Saúde" do Vaticano, o cardeal mexicano Javier Lozano Barragán, que pediu a Deus que a receba "e que perdoe os que a levaram a esse ponto (de morrer)".
Lozano Barragán pediu perdão a Deus "por tudo que fizeram a ela", e disse que este não era o momento de gerar polêmicas, mas era necessário espírito de perdão e de reconciliação.
Após ressaltar a necessidade de promover o respeito absoluto à vida, o cardeal assinalou que é preciso investigar as causas que levaram a italiana à morte e se houve "responsáveis".
O "ministro da Saúde" do Vaticano reiterou sua tese de que a morte de Eluana foi "um crime", se tiver acontecido graças à "intervenção humana".
O cardeal havia dito recentemente que o desligamento da sonda alimentícia que mantinha Eluana com vida era um "abominável assassinato".
O Vaticano e a Igreja italiana tinham recebido com satisfação a decisão do Governo de Silvio Berlusconi de apresentar um projeto de lei para impedir a morte de Eluana.