Sindicatos da Itália realizaram uma greve nacional de 24 horas nos transportes públicos para protestar contra o entrave nas negociações para renovação do contrato coletivo do setor e pressionar as empresas a aumentar os salários da categoria.
A paralisação envolveu ônibus, metrôs e bondes, mas obteve a operação com 30% do pessoal durante horários de pico, e provocou caos no trânsito em cidades como Roma, Milão, Nápoles e Bolonha.
“Lamento que quem se diz representante de trabalhadores esteja prejudicando milhões de trabalhadores. Ninguém discute o direito à greve, mas não se pode bloquear a Itália sem assegurar faixas de garantia”, disse o vice-premiê e ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Matteo Salvini. “Quem tem uma consulta médica urgente, um compromisso inadiável, uma prova na universidade, como deve fazer? Parece-me um comportamento absolutamente incorreto”, acrescentou.
Já o secretário-geral da União Italiana do Trabalho (UIL), Pierpaolo Bombardieri, questionou o que Salvini fez para “obrigar” as empresas a “renovar os contratos”. “Quantos recursos foram cortados do transporte público local?”, disse.
Segundo o secretário da Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil), Maurizio Landini, a adesão à greve foi superior a 90%. “É evidente que isso é um pedido muito preciso de aumentar os recursos, um problema que também diz respeito ao governo, porque os repasses destinados pela Lei Orçamentária são totalmente insuficientes para renovar os contratos”, declarou.