As ações da TIM Participações desabavam na bolsa paulista na última semana, após as vendas de serviços da operadora de telefonia móvel terem sido suspensas em 18 Estados brasileiros e no Distrito Federal.
A decisão anunciada na véspera pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) faz parte de um pacote de sanções contra operadoras brasileiras, em meio a crescentes reclamações de clientes sobre a qualidade dos serviços prestados.
"A TIM é claramente a maior perdedora da decisão da Anatel", avaliou o BTG Pactual.
Além do impacto financeiro negativo –já que a operadora está proibida de vender em mais de 60 por cento do mercado de telefonia móvel–, o banco também avalia que a medida pode afetar a reputação da TIM e prejudicar as vendas mesmo após o término da sanção.
Desde 11 de julho, quando o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ameaçou suspender as vendas da TIM caso a qualidade do serviço não melhorasse, a ação da operadora acumula queda de 10,7 por cento, considerando a cotação de fechamento na véspera.
A proibição anunciada pela Anatel ocorre em meio a um cenário de forte adição líquida de clientes pela TIM, que retomou a vice-liderança do mercado em agosto do ano passado.
No fim de junho, conforme dados divulgados na véspera, existiam 256,13 milhões de linhas ativas no país, com a Vivo –do grupo Telefônica Brasil, de controle espanhol– na liderança com 29,6 por cento do mercado, seguida pela TIM, com 26,9 por cento.
Em nove meses, a TIM abriu uma diferença de quase 6 milhões de clientes para a Claro, da mexicana América Móvil e terceira colocada no Brasil.