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TEMPORADA ÓPERA 2010: Fundação Clóvis Salgado apresentará espetáculo em Belo Horizonte, Minas Gerais

A Fundação Clóvis Salgado (FCS) dá continuidade à Temporada de Óperas 2010 apresentando ao público um título inédito no Palácio das Artes, em Belo Horizonte: Andrea Chénier, de Umberto Giordano. De 22 a 27 de outubro, o Grande Teatro vai receber a montagem que conta a história de paixão e luta de um poeta durante a Revolução Francesa.

A apresentação de Andrea Chénier marca uma nova fase da produção operística no país. As récitas da ópera na capital mineira consolidam um trabalho de diálogo da fundação com as outras instituições, que visa desenvolver, a médio e longo prazo, um sistema de coprodução e corealização desses espetáculos.

Para a fundação, esse é o caminho para que sejam potencializados recursos e para que esses projetos sejam ampliados. Essa linha de ação tem ainda o objetivo de viabilizar a circulação de grandes montagens de ópera por todo o Brasil, fazendo com que o público tenha acesso a cada vez mais produções do gênero.

Esse processo tem como foco ainda a formação de público e o fortalecimento da cadeia produtiva das óperas, uma vez que as instituições poderão promover o intercâmbio não somente de recursos materiais, como também a troca de experiências e a busca de soluções coletivas para o financiamento e a realização desse tipo de espetáculo.

Para a realização de Andrea Chénier, a parceria foi estabelecida com o Teatro Municipal de São Paulo. O Palácio das Artes vai receber cenários e figurinos vindos de São Paulo, e apresentará ao público mineiro uma nova montagem, com a Orquestra Filarmônica e o Coral Lírico de Minas Gerais. Andrea Chénier tem direção musical e regência de Luiz Fernando Malheiro, direção de cena de André Heller-Lopes, cenários de Renato Theobaldo e figurinos de Fábio Namatame. O elenco conta com solistas de renome internacional: Martin Muehle e Eric Herrero (Andrea Chénier), Edna d’Oliveira e Janette Dornellas (Maddalena), Lício Bruno e Rodolfo Giugliani (Gerard), Rita Medeiros (Bersi), Luciana Monteiro (Condessa de Coigny), Igor Vieira (Mathieu / Fleville), Flavio Leite (Incredibile / Abade), Ruth Staerck (Madelon), Cristiano Rocha (Roucher), Franklin Castilho (Fouquier Tinville) e Sergio Cunha (Mordomo / Dumas / Carcereiro).

Ainda como fruto desse trabalho conjunto, a premiada ópera A Menina das Nuvens, de Villa-Lobos, encenada no Palácio das Artes em 2009, será apresentada em São Paulo, nas comemorações de 100 anos do Municipal, em 2011.

Além do Teatro Municipal de São Paulo, a Fundação Clóvis Salgado já está em contato com outras instituições culturais, como o Teatro de Manaus. A realização de Nabucco, de Verdi, em Belo Horizonte no próximo ano é mais um resultado dessa ação. A ópera será feita dentro das atividades de comemoração dos 150 anos da unificação italiana e em parceria com a Embaixada e Consulado da Itália.

Andrea Chénier

A ópera de Umberto Giordano é baseada na vida do poeta francês André Chénier (1762 – 1794), que foi executado durante a Revolução Francesa. Além de abolir a escravidão e os direitos feudais, a Revolução proclamou os princípios universais de liberdade, igualdade e fraternidade (Liberté, Egalité, Fraternité), difundidos por Jean-Jacques Rousseau.

Na ópera, Andrea Chénier é um poeta que frequentava as altas rodas da nobreza francesa. Em uma dessas festas, ele declama sobre a miséria e o sofrimento dos cidadãos comuns, criticando e ofendendo a maioria dos nobres presentes, com exceção da jovem Maddalena, por quem Andrea Chénier se apaixona. Após essa apresentação, Chénier é convidado a unir-se, de fato, ao movimento revolucionário e torna-se um homem procurado pelas tropas de Robespierre.

O poeta é aconselhado a fugir da França, mas nega-se a partir sem Maddalena. A partir daí, desenrola-se uma história de intensas lutas, perseguições e paixões.

A obra de Umberto Giordano é composta de quatro atos e tem libreto de Luigi Illica. A primeira apresentação da ópera, que trabalha de maneira quase inseparável música e texto, aconteceu no Teatro Scala, de Milão, em 1896. A música de Giordano acompanha cada passo da história, e faz com que os solistas se destaquem em diversos momentos ao longo do espetáculo. Andrea Chénier é considerada uma ópera para tenores, e entre os nomes que já interpretaram a ópera estão Maria Callas, Plácido Domingo, Renatta Scotto, Luciano Pavarotti, Carlo Bergonzi e Mario del Mônaco.

A obra tornou-se conhecida do grande público em 1993, com o filme Filadélfia, de Jonathan Demme. A produção narra o drama de um jovem advogado demitido após contrair o vírus HIV, e tem um de seus momentos fortes quando o personagem principal, interpretado por Tom Hanks, escuta a ária La Mamma Morta, na voz de Maria Callas, ao lado de seu advogado, Denzel Washington. Ao narrar o canto de Maddalena, que teve sua mãe assassinada, Tom Hanks consegue mostrar para o público toda a dor e o sofrimento que têm dilacerado sua alma na história. Em grande parte, a cena foi responsável pela indicação de Hanks ao Oscar de Melhor Ator, prêmio recebido por ele em 1994.

Serviço:

Temporada de Óperas 2010

Andrea Chénier (Umberto Giordano)

Data/Horário/Valor:

22 e 2310: 20h / 24.10: 18h

Plateia I: R$70, 00 / Plateia II: R$60,00 / Plateia Superior: R$50,00

26.10: 20h

R$ 30,00 – valor único

27.10: 20h

Plateia I: R$ 60,00 / Plateia II: R$ 50,00 / Plateia Superior: R$ 40,00

Meia-entrada conforme a lei

Local: Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, nº 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificação etária: 12 anos
 

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