
O premier italiano, Silvio Berlusconi, apresentou em Roma o seu livro "L'amore vince sempre sull'invidia e sull'odio", em um tom de descontração e brincadeira, marcado também pela recordação da agressão sofrida há cerca de três meses.
A obra traz as mensagens recebidas pelo primeiro-ministro após a agressão sofrida em dezembro de 2009. No dia 13 daquele mês, ao participar de um comício, Berlusconi foi agredido por Massimo Tartaglia, que lançou contra ele uma estatueta do Duomo [catedral] de Milão. A peça atingiu o seu rosto, ocasionando a fratura do septo nasal, ferindo o lábio superior e quebrando dois dentes.
"Estou contente porque se o objeto lançado contra mim não tivesse atingido a minha bochecha, teria passado o Natal sob a terra. Perdi um dente, mas me parece que nem dá para ver", afirmou o premier ao reconstruir o ataque.
"Quando dizem que você é pior do que Nero, Saddam Hussein e [Adolf] Hitler, que é um ditador, depois não se surpreenda se uma mente instável pensa se tornar um herói e fazer o bem tentando acabar com essa pessoa", esclareceu, ainda falando da agressão.
Sobre a obra, o premier ainda brincou que após "53 livros contra mim, este é primeiro a favor". Questionado pelos jornalistas presentes a quem estaria escrevendo no momento, mantendo a irreverência, ele declarou: "A todas as minhas namoradas. Agora sou solteiro e há uma fila".
Já o deputado Antonio Palmieri, que também é responsável pela comunicação eleitoral do PDL, comemorou o sucesso do livro, que saiu "há dez dias, sem publicidade e promoção, e está vendendo bem".
Este volume "explica quem é o presidente [do Conselho de Ministros] Berlusconi. É um livro destinado a durar no tempo", pontuou.
"L'amore vince sempre sull'invidia e sull'odio" foi lançado há pouco mais de uma semana na Itália, mas apresentado somente hoje. Ainda não há previsão para sua chegada ao Brasil.