
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, está convencido de que o líder líbio, Muamar Gaddafi, quer "vê-lo morto", segundo publicou o diário "Corriere della Sera". O periódico conta que Berlusconi confiou a seus colaboradores e pessoas próximas que sua vida e a de seus filhos estão em perigo, pois Gaddafi não perdoa a participação da Itália na intervenção militar na Líbia e deu ordens de assassiná-lo.
O diário, que não cita fontes, explica que Berlusconi pensa que Gaddafi considerou a participação na intervenção militar como uma "traição", já que até poucos meses atrás havia pelas ruas de Trípoli cartazes gigantes nos quais os dois líderes eram vistos apertando as mãos.
O rotativo precisa que os serviços secretos italianos sempre informaram do risco de atentados aos chefes de estado e de governo que participam do conflito na Líbia, mas nos últimos dias Berlusconi recebeu de "suas próprias fontes" a confirmação de que sua vida corre perigo.
Berlusconi teme agora que Gaddafi possa vencer a guerra, permanecer no poder e se transformar "do melhor amigo da Itália no pior inimigo", acrescenta a informação.
Em 2008, o governo de Berlusconi assinou com a Líbia um Tratado de Amizade para pôr fim aos problemas derivados da colonização italiana e criar uma grande troca econômica bilateral.
Além disso, Berlusconi sempre recebeu o líder líbio na Itália com grandes festas e gestos de amizade.