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Senado italiano será parte civil em processo contra Silvio Berlusconi

O presidente do Senado italiano, Pietro Grasso, decidiu incluir a Casa como parte civil em um processo envolvendo o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi. A decisão provocou uma enorme polêmica no país, já que o Conselho da Presidência do Senado deu parecer contrário à decisão por 10 votos a oito.

Essa será a primeira vez na história da República Italiana que o Senado assumirá este papel em um procedimento judicial. O caso refere-se às denúncias de compra e venda de apoio de parlamentares por parte do Cavaliere, com o objetivo de derrubar o governo do ex-premier Romano Prodi (2006-2008). O anúncio de Grasso, que pertence ao Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, revoltou os membros do Forza Italia (FI), legenda comandada por Berlusconi, e outros grupos conservadores.

Enquanto o presidente se pronunciava, alguns deles abandonaram o plenário em protesto, gritando "Vergonha, vergonha".

"Aquela imparcialidade que deve caracterizar o papel do presidente foi deixada de lado", afirmou Maurizio Sacconi, senador do Nova Centro-Direita (NCD), sigla que nasceu de uma divergência no FI. Enquanto isso, o partido extremista Liga Norte disse que a decisão foi uma "escolha política".

Em resposta às críticas, Grasso afirmou que se não existe um precedente para a inclusão do Senado como parte civil em um processo é porque não houve anteriormente uma ocasião do tipo.

"A função que exerço me atribui essa escolha. Não sofri nenhuma pressão, agi com plena autonomia e independência. As decisões na minha vida eu sempre tomei com coragem e determinação, então me acostumei com as críticas", declarou.

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