O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que a resposta da União Europeia ao tarifaço dos Estados Unidos será um sinal político para dizer um “basta”.
Em uma declaração ao programa de televisão Cinque Minuti, o político afirmou que a necessidade de impor ou não taxas sobre alguns produtos americanos será decidida na próxima semana, durante o Conselho de Ministros do Comércio da UE.
“Pedimos que não sejam impostas tarifas sobre produtos americanos que poderiam provocar uma reação mais prejudicial. Ninguém quer uma guerra comercial, mas se houver uma reação, seria antes de tudo um sinal político para os Estados Unidos dizerem ‘basta'”, afirmou Tajani.
O ministro garantiu que é o bloco europeu quem irá negociar com Washington, mas acrescentou que a Itália “pode desempenhar um papel positivo em explicar que guerras comerciais não são convenientes para ninguém”.
“A Itália pode desempenhar um papel absolutamente positivo em acalmar as águas e promover o crescimento econômico”, avaliou.
Já a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, revelou que o governo se reunirá na próxima semana para discutir o tarifaço imposto por Donald Trump, mas opinou que “pânico e alarmismo poderão causar danos muito maiores”.
“Decidi pedir aos dois vice-primeiros-ministros e os ministros da Economia, da Indústria, da Agricultura e de Políticas Europeias que se reúnam na segunda-feira e que cada um deles traga, para sua competência, um estudo sobre o impacto que esta situação pode ter em nossa economia”, declarou a chefe de governo.
