
A Comissão de Patrimônio Cultural da região da Lombardia, na Itália, aprovou oficialmente a proposta da Superintendência de Milão para proibir a demolição do estádio San Siro.
Na decisão, a comissão diz que a “solução estrutural composta por 132 portais, compondo a ossatura que sustenta os degraus, as rampas de acesso e as passagens”, além do fato de que “a construção do segundo anel completou a imagem do estádio”, fazem com que o local atenda a requisitos de interesse histórico e cultural para o tombamento.
A agência Ansa teve acesso ao documento da Superintendência de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem de Milão, que também cita, entre os pontos de interesse, o desenho dos portais, em forma de dois braços esticados em diagonal, apelidados popularmente de “elefante” e “girafa”.
“A relevância arquitetônica do segundo anel reside na capacidade dos autores de traduzir as questões técnicas em expressividade. As rampas têm um sugestivo significado simbólico, fazendo da multidão a verdadeira protagonista do estádio, transformando os muros comuns em lugares vividos com percursos dinâmicos”, prossegue o texto.
A medida impede os planos da Inter e do Milan de derrubar a construção para erguer um novo estádio, mais moderno.
Os dois clubes já indicaram que podem deixar o San Siro sem uso e que estão procurando terrenos em outras áreas da cidade e até mesmo fora de Milão para construir suas próprias arenas.