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Rafah é “armadilha midiática” do Hamas para Israel, diz Itália

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, inaugurou o novo Consulado-Geral da Itália na Bélgica, em Bruxelas.

A cerimônia foi realizada no teatro do Instituto Italiano de Cultura na capital belga, e contou também com a participação do ministro da agricultura, Francesco Lollobrigida.

Francesco Varriale foi o escolhido para comandar a nova representação diplomática. A embaixadora da Itália na Bélgica, Federica Favi, também compareceu.

O país tem o objetivo de ampliar sua presença diplomática junto à União Europeia e aumentar o peso da Itália nas negociações.

“Continuamos a fortalecer a presença de embaixadas e consulados italianos no mundo: devemos estar cada vez mais próximos de nossos compatriotas no exterior, começando por um país como a Bélgica, onde reside uma de nossas comunidades mais qualificadas”, disse Tajani.

Nas regiões de Bruxelas e Flandres, entre membros da histórica e enraizada comunidade italiana e migrantes recentes, residem cerca de 120 mil cidadãos italianos.

Até o momento, porém, havia apenas um consulado anexo ligado à embaixada. A ideia é que o Consulado-Geral facilite o acesso aos serviços administrativos e consulares.

Em sua visita, Tajani também participou da reunião do Conselho dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, onde falou sobre temas como os conflitos no Oriente Médio e no Leste Europeu.

“O Hamas está usando Rafah para criar novos problemas, atraindo Israel para uma armadilha midiática”, disse, reiterando que a Itália é contrária à operação militar nessa região do enclave palestino.

“Somos favoráveis ao nascimento do Estado palestino, mas ele deve reconhecer Israel e ser reconhecido por Israel. Certamente não pode ser comandado pelo Hamas, que é uma organização terrorista”, acrescentou.

Sobre o conflito entre Moscou e Kiev, Tajani disse que as armas italianas “não podem atingir a Rússia”: “Todo o material militar italiano não pode ser usado fora das fronteiras da Ucrânia. Será nossa responsabilidade verificar com os ucranianos onde nossas armas são usadas. Nós defendemos a independência da Ucrânia, apoiamos a Ucrânia, o nosso objetivo é a paz”.

Já na reunião, ele pediu aos homólogos europeus medidas para proteger as empresas que atuam na Rússia de ações hostis do governo, que já assumiu o controle, por exemplo, da italiana de eletrodomésticos Ariston e da alemã Bosch.

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