Os promotores de Milão Fabio De Pasquale e Sergio Spadaro pediram uma pena de três anos e oito meses de reclusão para o ex-premier italiano Silvio Berlusconi, no caso de irregularidades na comercialização de direitos televisivos pela emissora Mediaset.
Eles também pediram uma condenação de três anos e quatro meses de reclusão para Fedele Confaloniere, presidente do Mediaset, e três anos e oito meses para o produtor norte-americano Frank Agrama e para Daniele Lorenzano.
Ao todo, a promotoria pediu 11 condenações no caso das supostas irregularidades de comercialização que, segundo a acusação, teriam sido inflacionados para criar fundos obscuros.
Segundo De Pasquale, foram encontradas impressões digitais do ex-primeiro-ministro italiano sobre os fundos que teriam sido obtidos com o aumento dos preços de comercialização dos direitos televisivos.
Porém, em nota, Berlusconi atestou que o pedido de condenação da procuradoria é "absurdo" e questionou se, durante seu mandato como premier, pode "ter a vontade e o tempo de interferir em uma empresa cotada na bolsa, induzindo os seus dirigentes a enganar o fisco".