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Procuradoria de Milão diz que não há provas contra Berlusconi no caso Mediaset

A juíza de Milão Maria Vicidomini disse que não há provas que comprometam o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi no caso de comercialização irregular de direitos televisivos da Mediaset, da qual é dono. Ele era acusado de fraude fiscal e apropriação indevida de direitos televisivos.

Em documento, a juíza atestou que, pelas declarações de algumas testemunhas, "não é possível conseguir elementos de prova sobre comportamentos, diretrizes ou mesmo simples influências de Silvio Berlusconi sobre a atividade de compra e venda dos direitos televisivos realizada através das empresas Mediatrade e RTI do grupo Mediaset e a empresa Olympus Trading de Frank Agrama".

A nota justifica os motivos que levaram Vicidomini, em 18 de outubro passado, a liberar Berlusconi de uma acusação e a confirmar o julgamento de Pier Silvio (filho do ex-premier), Fedele Conalonieri e Agrama pelas supostas irregularidades na empresa.

A juíza acredita que não existem provas para julgar o ex-premier por crimes de fraude fiscal e apropriação indevida no período entre 2002 e 2009. 

"O complexo dos elementos que surgiram durante a audiência preliminar no caso Mediaset, permite excluir que Silvio Berlusconi, nos anos de referência das acusações do presente procedimento, exerceu concretamente poderes de fato sobre a gestão Mediaset, inclusive sob a forma de simples influências, continuando a administrar a fraude na compra e venda dos direitos televisivos junto com o seu sócio oculto, Frank Agrama". 

A Procuradoria de Milão acusa a empresa da família Berlusconi de ter aumentado artificialmente os preços dos direitos para desviar fundos em contas no exterior.

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