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Procurador antimáfia Michele Prestipino pede cooperação internacional

O procurador adjunto antimáfia da Reggio Calabria, sul da Itália, Michele Prestipino, destacou a necessidade de aumentar a cooperação internacional na luta contra a máfia calabresa ('Ndragheta), cujas operações se ramificaram no resto da Europa, Canadá, Austrália e América Latina.

"Precisamos cortar os braços externos da máfia e para tanto é necessário criar uma frente internacional comum, para a troca de informações", disse Prestipino em uma palestra na Faculdade de Direito de Montevidéu, onde realiza uma visita a convite do Instituto Italiano de Cultura.

O funcionário considerou fundamental não só a repressão do Estado das atividades da máfia, como também "quebrar o pacto de consenso com as pessoas" posto que, entre outras coisas, a 'Ndragheta "se fortaleceu muito porque pôde contar com o silêncio absoluto de todos", ao contrário do que aconteceu com a Cosa Nostra na Sicília.

Prestipino disse que a 'Ndragheta, que movimenta € 43 bilhões em negócios ilegais, "se projetou no exterior e estabeleceu raízes no Canadá, Austrália, Estados Unidos e América do Sul", onde a máfia atua como uma ponte para o tráfico de drogas para a Europa.

Finalmente, ele recordou que a Alemanha descobriu operações da 'Ndragheta em seu território em 15 de agosto de 2007, quando seis homens foram assassinados na frente de uma pizzaria, no episódio que ficou conhecido como massacre de Duisburg. O crime, segundo a polícia calabresa, foi o desfecho de uma guerra entre as alianças dos clãs Nirta-Strangio e Pelle-Vottari, que começou em 1991.

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