O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, recordou que as próximas eleições gerais no país ocorrerão em 2013, ao tratar das recentes divulgações de novas interceptações telefônicas suas.
Berlusconi fez um apelo "em nome dos valores da liberdade, da autonomia e da independência do indivíduo frente ao Estado" para que todas as "pessoas e forças responsáveis" o julguem só na data das eleições.
O premier italiano voltou a afirmar que há uma "campanha no circuito midiático-judiciário" com "o objetivo de destruir um homem político e uma liderança usando meios impróprios e de legalidade dúbia" e que se constitui em uma "injustiça".
Segundo o presidente do Conselho de Ministros da Itália, essa campanha "se intensificou quando venci as eleições pela terceira vez", época em que ele alega ter feito várias reformas "necessárias ao crescimento deste país e à sua modernização".
"Esta campanha não acabou e é alimentada por ataques contra mim, meu partido, meus homens, meus ministros e à geração de jovens que eu promovi na política", acrescentou Berlusconi.
A imprensa italiana recebeu novos trechos de escutas telefônicas entre o primeiro-ministro e o empresário Gianpaolo Tarantini referentes ao primeiro semestre de 2009, em que ambos supostamente falam da festa ocorrida na casa de Berlusconi na noite anterior.
Tarantini é acusado de ter levado 30 jovens mulheres para festas na casa do chefe de governo italiano e de extorqui-lo.