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Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi afirma não ligar para críticas de sindicatos

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, disse que não se importa com as críticas que tem recebido de sindicatos por conta das mudanças que seu governo deseja implantar nas leis trabalhistas. Em entrevista ao Wall Street Journal, o premier declarou que o seu compromisso é realizar reformas, independentemente das reações que elas suscitem.

"A reforma do mercado de trabalho na Itália é uma prioridade, e se os sindicatos são contra, para mim isso não é um problema", afirmou. O chefe de governo também abordou a questão em uma conversa com a emissora Bloomberg, a quem ele garantiu respeitar as ideias dos seus adversários, mas ressalvou que é preciso investir em um "novo modelo" para estimular a ocupação no país.

"Devemos mudar a Itália. Sem reformas na Itália não poderemos mudar a Europa", ressaltou. O texto levado por Renzi ao Parlamento não disciplina as novas leis trabalhistas detalhadamente, mas apenas estabelece diretrizes dentro das quais o Executivo será autorizado a legislar, caso o documento seja aprovado.

Se isso acontecer, o gabinete do primeiro-ministro usará decretos legislativos para definir as normas, que entrariam em vigor imediatamente, sem necessidade de serem votadas em plenário. Contudo, o programa tem provocado polêmica porque abre espaço para modificações no artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores, que regula as demissões sem justa causa nas empresas com mais de 15 funcionários.

Entre outras coisas, a atual lei autoriza a reintegração do empregado mandado embora sem motivo justificado, e nas mesmas condições de antes, além do pagamento de indenização. A possibilidade de alterar esse item tem gerado críticas por parte de sindicatos e até de uma minoria do Partido Democrático, sigla liderada por Renzi.

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