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Primeiro-ministro italiano Matteo Renzi acusa Estado Islâmico de genocídio

Em sua primeira intervenção na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o premier da Itália, Matteo Renzi, afirmou que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) está cometendo um genocídio no Iraque.

"O EI e a ameaça que ele representa não são reduzíveis a um conflito religioso. Está em curso um genocídio, e apenas uma comunidade internacional unida poderá vencer a batalha da civilização", declarou o primeiro-ministro.

Além disso, Renzi reiterou o apoio da Itália à coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para combater o grupo jihadista. No mesmo discurso, o premier ainda ressaltou a gravidade da situação vivida pela Líbia, que passa por um violento processo de transição, com milícias radicais controlando a capital Trípoli.

"Estamos empenhados em não subestimar esse surto, que pode marcar um ponto de não retorno nessa escalada de violência. O risco de uma fragmentação da Líbia é prejudicial para a paz na região", disse o chefe do governo italiano.

Imigração

No seu pronunciamento, Renzi mencionou os problemas enfrentados pela Itália para controlar a chegada de imigrantes ilegais provenientes da Ásia e da África pelo mar Mediterrâneo, que tem sido palco de inúmeros naufrágios de embarcações superlotadas.

De acordo com o premier, a operação Mare Nostrum, iniciada em outubro do ano passado para combater esse problema, já salvou a vida de 80 mil pessoas. Contudo, ele pediu ajuda da comunidade internacional para lidar com a questão. "Para nós, o Mediterrâneo é o coração da Europa, não um cemitério de desaparecidos. Não podemos gerir um fenômeno global a nível nacional", salientou.

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