O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, afirmou que a Itália não precisa de um plano de resgate. "Para a Itália o 'bailout' (resgate) não é planejado", disse Monti, após a reunião do G20 em Los Cabos, no México. A Espanha também reforçou a ideia de que não foi resgatada, mas apenas obteve apoio de seus parceiros do euro e do G20, que apoiam a recapitalização de seu setor bancário, disse o ministro da Fazenda espanhol, Cristóbal Montoro. O país está prestes a receber uma ajuda de até 100 bilhões de euros da zona do euro.
Mario Monti propôs nas discussões do G20 que os fundos de resgate da zona do euro comecem a comprar dívida de países europeus em dificuldade com o objetivo de reduzir as taxas da juro. Para ele, a ideia seria reforçar a estabilidade da eurozona para que os países dentro do plano das finanças como a Itália possam obter níveis de de 'spread' (diferença entre as taxas de juros de um país e as da Alemanha) "menos anormais".
A proposta italiana prevê o uso dos fundos de resgate da União Europeia (UE), o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) e o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (ESM, na sigla em inglês), para comprar títulos de países como Espanha e Itália no mercado secundário a fim de ajudar a diminuir os rendimentos dos títulos e os custos de refinanciamento.
Ambos os fundos têm o poder de comprar dívida soberana, mas até agora apenas o Banco Central Europeu (BCE) foi ativo em comprar títulos de países da zona do euro atingidos pela crise, comprando mais de 210 bilhões de euros em dívida desde o lançamento do programa em maio de 2010.