O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, disse acreditar que o partido Povo da Liberdade (PDL) não retirará seu apoio ao governo.
"Estou seguro que o PDL decidirá pela melhor [solução]". Acho que não abandonará a coalizão", afirmou Letta. Nas últimas semanas, um dos líderes do PDL, o ex-premier Silvio Berlusconi, fez declarações indiretas de que poderia levar a legenda para a oposição, desestabilizando, assim, o governo Letta. As ameaças de Berlusconi estão condicionadas ao processo judicial "Mediaset", no qual foi condenado a quatro anos de prisão e corre o risco de perder seu mandato no Senado.
Atualmente, uma junta especial de senadores está analisando se Berlusconi terá o mandato cassado. O ex-premier, por sua vez, afirma que seria "insustentável" manter o apoio a Letta caso perca seus direitos políticos. "Penso que a lei deve ser aplicada e que o Senado decidirá o modo de aplicá-la. Não é um problema do meu governo, não é uma responsabilidade minha, não tenho que tomar nenhuma decisão. Há a separação dos poderes. Esse é um problema que será resolvido pelo Parlamento", defendeu o premier.