O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, iniciou uma série de consultas aos partidos políticos do país para compor a nova manobra econômica de contorno à crise para anunciar na próxima semana.
Para o secretário do Povo da Liberdade (PDL), Angelino Alfano, com quem Monti conversou hoje, o premier precisa fazer "decisões difíceis".
"A nossa principal recomendação é proceder com equidade", de modo que "a carga seja calculada de acordo com capacidade dos contribuintes", afirmou Alfano sobre a posição de seu partido, para quem a família em particular precisa ter nesse processo "um papel central".
O secretário do PDL também falou na necessidade de medidas "severas" e necessárias para "fazer melhor a Itália" de amanhã.
Monti iniciou as consultas com os representantes do Terceiro Polo Pier Ferdinandi Casini, da União Democrática de Centro (UDC), Francesco Rutelli, da Aliança para a Itália (API) e Benedetto Della Vedova, do Futuro e Liberdade para a Itália (FLI). No fim do dia, o premier deverá se encontroar com Pier Luigi Bersani, do Partido Democrático (PD).
Segundo fontes parlamentares de partidos que já participaram das consultas, o novo pacote de austeridade prevê um corte de 20 bilhões de euros (cerca de R$ 48 bilhões), aos quais devem ser acrescentados 4 bilhões de euros (cerca de R$ 9,6 bilhões) por um eventual aumento nos impostos.