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Primeiro-ministro da Itália defende programa de renda básica

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, afirmou que é a favor da renda de cidadania, programa social criado no governo de seu antecessor, Giuseppe Conte, mas que é contestado por boa parte de sua base aliada.

“Ainda é muito cedo para dizer se a renda de cidadania será reformada, mas compartilho plenamente do conceito em sua base”, declarou Draghi em rápida conversa com jornalistas no Palácio Chigi, sede do governo, em Roma.

O programa é uma espécie de “bolsa família” da Itália e distribui subsídios mensais para núcleos com renda inferior a 12,6 mil euros por ano, ou 6 mil euros no caso de solteiros.

A quantia mínima do benefício é de 500 euros mensais por família (no caso de solteiros), e a máxima, de 1.050, para um núcleo com casal, um filho maior de idade e dois menores. O período máximo de usufruto é de 18 meses, podendo ser renovado após uma pausa de um mês.

Os beneficiários são obrigados a se inscrever em uma plataforma de empregos e podem até perder a bolsa se recusarem repetidas ofertas de trabalho.

A renda de cidadania é uma bandeira do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), partido do ex-premiê Conte e que integra o governo de união nacional encabeçado por Draghi, economista liberal que presidiu o Banco Central Europeu por quase uma década.

No entanto, outros partidos da situação, como a Liga, de ultradireita, o Força Itália (FI), de centro-direita, e o Itália Viva (IV), de centro, defendem a revisão ou até a extinção do programa. Essas três legendas são lideradas, respectivamente, pelo senador Matteo Salvini e pelos ex-premiês Silvio Berlusconi e Matteo Renzi

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