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Preso há quase três meses, governador italiano da Ligúria renuncia ao cargo

O governador da região italiana da Ligúria, Giovanni Toti, de centro-direita, renunciou ao cargo, quase três meses após ter sido preso no âmbito de uma investigação por suspeita de corrupção.

Toti, aliado da premiê Giorgia Meloni, está detido em regime domiciliar desde 7 de maio e disse em uma carta que chegou a hora de os cidadãos votarem para escolher um novo governo na região.

“Após três meses da minha prisão domiciliar e a subsequente suspensão do cargo que os eleitores me confiaram duas vezes, decidi que é o momento de entregar minha renúncia irrevogável”, escreveu o governador, que está no poder desde 2015.

“Esperei até hoje para permitir que a Assembleia Regional aprovasse o ajuste orçamentário e a prestação de contas, fundamentais para a gestão da região”, acrescentou.

A expectativa é de que a Ligúria, que abriga uma das cidades mais importantes da Itália, Gênova, tenha eleições em até 90 dias.

Toti é acusado de ter recebido 74 mil euros (R$ 452 mil) e promessas de financiamento dos empresários dos setores logístico e imobiliário Aldo e Roberto Spinelli, em troca de favores do poder público, incluindo a privatização de uma praia na costa lígure, a facilitação dos trâmites para a construção de um complexo imobiliário e a renovação da concessão de um terminal portuário em Gênova.

Na semana passada, o governador foi alvo de um segundo mandado de prisão domiciliar, desta vez referente a acusações sobre anúncios eleitorais supostamente financiados com dinheiro de caixa 2 da rede de supermercados Esselunga.

Toti se diz inocente de todas as denúncias.

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