O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, disse que continua a "ter confiança" no projeto de integração europeia e reiterou ser um "crente da Europa".
Napolitano falou em vídeo no Workshop Ambrosetti, o fórum econômico de alto nível que anualmente se realiza em Cernobbio, no lago de Como (norte do país).
"A agenda para a Europa parece estar mais exigente do que nunca", opinou Napolitano, que convidou os líderes e analistas europeus a "não adoçar os desafios dramáticos que a Europa terá que enfrentar no choque da crise global, assim como também são dramáticos os desafios que ainda pesam sobre o nosso desenvolvimento".
Neste mesmo workshop, o ministro italiano da Economia, Giulio Tremonti, considerou que "dizer que devemos seguir o modelo da Alemanha é superficial, coisas de criança", em alusão às palavras recentes do governador do Banco da Itália, Mario Draghi, em Seul, que comentou que, para crescer, a "Itália deve se tornar produtiva e competitiva como o Alemanha".
"Devemos tentar ser o menos superficiais possível e evitar este tipo de retórica, porque a grande questão na Europa é definir um modelo econômico. Há dois: 'export led' ou Delors, isto é, obras públicas, investimentos públicos, demanda pública com emissão de dívida".
Esta é a grande questão para o ministro: optar por um modelo de exportações, ou por um modelo mais equilibrado que também inclua investimentos públicos em energia, pesquisa e defesa.
"Para nós italianos não existe uma emergência, mas a exigência de mudar, de redigir de forma política o nosso programa de reforma". Foi este o teor do discurso de Tremonti no Workshop Ambrosetti, sobre a situação da economia do país.
Já na opinião da presidente da Confundustria, Emma Marcegaglia, "não existe uma visão e nem uma vontade efetiva de trabalhar em todas as questões que se referem ao crescimento. Para o crescimento devemos trabalhar todos juntos, não há tempo a perder". (ANSA)