Se as eleições em Itália fossem hoje, o centro-esquerda seria o vencedor, mas necessitaria muito provavelmente de Mario Monti para garantir a maioria no Senado.
A lei transalpina não autoriza a publicação de sondagens nas duas semanas anteriores ao sufrágio, assim os últimos estudos de opinião foram divulgados.
Pier Luigi Bersani parte para o sprint final com cerca de 6% de vantagem sobre Silvio Berlusconi, segundo a média entre as derradeiras sondagens.
Il Cavaliere conseguiu duplicar as intenções de voto em pouco mais de um mês, mas sem o apoio da igreja católica, que se voltou para Monti, e com muitos italianos cépticos em relação à extensa lista de promessas, Berlusconi não deverá regressar ao poder.
Monti será provavelmente decisivo na formação do futuro governo. A presença do primeiro-ministro cessante significaria mais “confiança” para o executivo tanto na “Europa” como nos “mercados”, afirma um professor da Universidade Americana de Roma que prevê “muita luta e discussões sobre políticas e posições” no governo, mas acreditando que um acordo será possível.
Com cerca de 15% das intenções de voto, Monti surge em quarto lugar nas sondagens atrás do exuberante Beppe Grillo que pode protagonizar uma surpresa ainda maior, caso se confirme a tendência dos indecisos para votarem no comediante. E atenção, porque cerca de um terço dos eleitores ainda não decidiu em quem vai votar.