
A Itália se prepara para a entrada em vigor amanhã da nova lei sobre segurança aprovada pelo Parlamento e criada pelo Governo, que classifica a imigração ilegal como crime e que estabelece a possibilidade de cidadãos voluntários autorizados patrulharem as ruas do país.
A menos de 24 horas da entrada em vigor da lei, a polêmica gerada entre a classe política depois de sua aprovação no Parlamento, no dia 2 de julho, ainda não teve fim, sobretudo, sobre as chamadas "rondas de cidadãos".
Segundo a imprensa local, grande partes das Prefeituras no norte da Itália se mostrou disposta a promover as rondas de segurança voluntária, enquanto o centro e o sul do país são mais céticos.
As críticas são feitas já que o povo italiano ainda não se esqueceu da "Guarda Nacional Italiana", iniciativa de patrulhas voluntárias promovida pela formação de extrema-direita Movimento Social Italiano-Direita Nacional (MSI-DN), herdeira do proibido Partido Fascista, que foi apresentada no dia 13 de junho.
Além das rondas cidadãs, outra grande questão da nova lei de segurança é o crime de imigração ilegal, que não resultará em penas de prisão, mas de multas e uma rápida expulsão, e obrigará os funcionários públicos a denunciarem os imigrantes ilegais – médicos e os diretores de centros educativos ficam isentos dessa obrigação.
O Governo de Berlusconi pediu que empregadas domésticas e pessoas que cuidam de idosos e que não têm sua situação no país regularizada, não sejam denunciadas, para que tenham tempo de conseguir a permissão de residência e para que as famílias italianas não sofram as consequências da lei.
Fonte: EFE