
Já está pronto o decreto que será assinado pelo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, com o objetivo de suspender a morte anunciada, com acompanhamento médico, de Eluana Englaro, em coma há 17 anos.
Apesar da opinião pública apoiar a decisão do pai da italiana de 38 anos, Silvio Berlusconi quer ficar do lado do Vaticano que condena os médicos que estão decididos a ajudar Eluana a morrer, classificando o ato de "assassino abominável".
O primeiro-ministro italiano questiona, também, a "idoneidade" da clínica La Quiete, em Udine, onde vai ser feito o procedimento.
Segundo o neurologista Carlo Alberto Defanti, da clínica de Udine, a alimentação dispensada a Eluana será reduzida em 50%. O médico e a sua equipa explicam que a suspensão vai ser progressiva, sem que seja retirada a sonda nasográstica, até à morte da mulher, conforme autorizou a Justiça italiana. O procedimento pode levar várias semanas.
De acordo com o decreto do Governo italiano, "a alimentação e a hidratação, como formas de suporte vital e fisiologicamente destinadas a aliviar o sofrimento, não podem ser recusadas em nenhum caso pelas pessoas ou por quem as assiste aqueles que não podem decidir por si próprios".