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PEDOFILIA: Rádio Vaticana ataca notícias que puseram em dúvida a atuação do Papa Bento XVI

A Rádio Vaticana atacou novamente as "falsas exclusivas" veiculadas especialmente pela imprensa norte-americana, e que puseram em dúvida a atuação do papa Bento XVI quanto a denúncias de pedofilia na época em que era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Em um informe detalhado, a agência vaticana recordou as palavras ditas recentemente por altos representantes da Igreja Católica, entre eles o sucessor do Pontífice na congregação, cardeal William Levada.

O prelado criticou as suspeitas publicadas pelo The New York Times, falando em "prosa altissonante" e "aparentes exclusivas", além dos "preconceitos habituais" devido ao jornal ter ignorado que foi o próprio Joseph Ratzinger (nome de batismo do Papa) quem tentou livrar a Igreja destes crimes.

Para Levada, os artigos do NYT "carecem de qualquer padrão razoável da justiça que os norte-americanos têm o direito de encontrar, e esperam encontrar, nos seus meios de comunicação principais".

O veículo da Santa Sé citou o arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, segundo quem "verdadeiro e falso se entrelaçam escandalosamente nas reconstruções do New York Times: o texto sobre abusos é nauseante e amargamente verdadeiro, mas as insinuações contra o então cardeal Ratzinger são totalmente privadas de fundamento e fazem parte de uma campanha de falsidade 'bem oleada' contra o Papa".

A Rádio Vaticana retomou também a atuação do Daily News, "um dos mais difundidos [jornais] dos Estados Unidos", que "embora dirigindo críticas à Igreja, coloca sem rodeios termos como 'falsos' às acusações do NYT contra Bento XVI".

O texto recordou ainda o posicionamento do arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, que ontem celebrou uma missa da qual participaram vítimas de abusos; e do Patriarca de Veneza, Angelo Scola, para quem "são dirigidas acusações mentirosas" contra o Pontífice.

Além deles, o documento falou do arcebispo de Gênova e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Angelo Bagnasco, que havia dito que "nenhuma sombra, por mais grave, dolorosa e vergonhosa, pode anular o bem alcançado"; e o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, que falara de uma "ação organizada contra o Papa".

Na semana passada, o NYT levantou suspeitas que apontam que Bento XVI deixou de punir um padre acusado de ter molestado 200 crianças surdas nos Estados Unidos.

Ainda de acordo com o jornal, Bento XVI teria conhecimento de que um pedófilo alemão retomara as atividades pastorais na Arquidiocese de Munique e Freising, na época comandada por ele. Ambas as acusações foram repudiadas tanto pelos representantes das dioceses quanto pelo Vaticano. (ANSA)

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