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Para Suprema Corte da Itália, Silvio Berlusconi é “mentor” de fraude fiscal no caso Mediaset

Silvio BerlusconiA Suprema Corte da Itália afirmou que o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi foi o "idealizador do mecanismo" de compra e venda de direitos televisivos que permitia reduções fiscais ilegais à empresa Mediaset, de sua propriedade.

Foi o idealizador do mecanismo de compra e venda dos direitos televisivos que, ao longo dos anos, produziu efeitos ilegais de redução fiscal para as empresas envolvidas", assegurou a Suprema Corte no texto explicativo da sentença do processo.

Segundo a magistratura, Berlusconi, "conhecendo muito bem o mecanismo, deixou tudo continuar inalterado".

O texto estaca também que o ex-premier "continuou a lidar com a gestão de modo a permitir o aumento dos custos contínuos da Mediaset, com a finalidade de sonegação de impostos".

Ainda de acordo com o tribunal, é "absoluta a inverossimilhança da hipótese alternativa de que o ex-premier tenha sofrido uma enganação" por funcionários e empresas ligadas ao esquema na Mediaset. Berlusconi, por sua vez, respondeu ao texto dizendo que ''se alguém pensa em eliminar o líder do maior partido [da Itália], que sou eu mesmo, por causa de um julgamento alucinante e sem fundamentos, então está de frente com uma ferida profunda da democracia".

De acordo com os advogados de Berlusconi, Niccolo Ghedini, Piero Longo e Franco Coppi, trata-se "de uma sentença com motivação inexistente", "totalmente enganosa e totalmente desconectada da realidade". A Suprema Corte italiana confirmou no começo do mês a condenação de Berlusconi a quatro anos de prisão no processo Mediaset, em que é acusado de fraude fiscal.

A pena já tinha sido dada em segundo grau ao ex-premier. Porém, os cinco de interdição aos cargos públicos, que também constavam na condenação anterior, deverão ser julgados novamente. Com a condenação, o ex-premier pode perder seu assento no Senado e o governo de Enrico Letta, apoiado pelo Povo da Liberdade (PDL), bancada de Berlusconi, sofrer graves consequências políticas.

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