A Procuradoria de Milão solicitou à Corte constitucional italiana que declare inadmissível ou infundado o conflito entre poderes do Estado já aprovado pela Câmara e pelo Sanado no âmbito do caso Ruby, da garota marroquina Karima El Mahroug, na qual o primeiro-ministro Silvio Berlusconi está envolvido e é acusado de concussão e prostituição de jovens.
A informação é do procurador da Republica de Milão, Edmondo Bruti Liberati, que levou o pedido para a consulta representando os juizes que investigam que tratam o caso.
Bruti em um comunicado, informou que em referência a decisão de 6 de julho passado com a qual a Corte Constitucional "declarou admissível o conflito de atribuição entre os poderes do estado proposto pela Câmara dos deputados e em confronto com o procurador da Republica no Tribunal de Milão em ordem às investigações e ao pedido de julgamento imediato pelo delito de concussão do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, o procurador da Republica de Milão, representado e defendido pela advogado Federico Sorrentino de Fórum de Roma, se constitui com o pedido de que a Corte declare inadmissível ou, infundado o conflito".
O Senado aprovou no último dia 14 a existência de conflito e atribuições, com esta decisão apenas o Tribunal dos Ministros pode tratar da questão na qual o Berlusconi é acusado de concussão por ter ligado na delegacia de Milão, onde Ruby foi presa, pedindo que a garota fosse liberada.
Para o governo, a Procuradoria de Milão, que tem cuidado do caso, desrespeitou a resolução cotada em 3 de fevereiro pela Câmara, que dizia que o órgão não tinha competência, por motivos territoriais e políticos para realizar as investigações.