
O governo da Itália, do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, aprovou um programa de US$ 23 bilhões para o setor dos transportes com o objetivo de criar milhares de empregos e estimular a debilitada economia do país.
O programa inclui a construção de uma ponte que, ao ser concluída, estará entre as pontes suspensas mais longas do mundo – a obra deve se estender por 3,5 quilômetros sobre o Estreito de Messina ligar a ilha da Sicília ao resto da Itália.
O projeto, agora programado para começar no final deste ano, havia sido arquivado em 2006 pelo governo anterior ao do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
O governo calcula que o projeto pode favorecer cerca de 40 mil pequenos negócios na região.
A ideia de uma ponte sobre o Estreito de Messina é discutida desde os tempos dos romanos e estima-se que a obra deve custar mais de US$ 6 bilhões.
Alguns críticos do plano argumentam que a ponte não será segura. O trajeto é em uma movimentada rota marítima, e a estrutura será submetida a fortes ventos, mas os engenheiros que fizeram o projeto dizem que ela pode suportar até terremotos de 7,2 pontos na escala Richter.
Grupos ambientalistas também são contra a construção e dizem que a ponte vai prejudicar espécies nativas.
Outros críticos dizem temer que uma grande parte dos recursos públicos seja desviada para as máfias da Sicília e da Calábria, que controlam vários projetos de obras públicas no sul da Itália.