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Um novo terremoto de magnitude 3.9 na escala Richter sacudiu a zona de Campi Flegrei, na província de Nápoles, sul da Itália, mas sem provocar danos nem vítimas.
A região abriga um supervulcão subterrâneo e vem passando por uma intensa atividade sísmica há vários meses.
De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), o tremor de terra ocorreu a dois quilômetros de profundidade, valor considerado raso, e com epicentro a cinco quilômetros da cidade de Pozzuoli.
A mesma região já havia registrado outro terremoto de magnitude 3.9 na tarde de domingo (16).
O abalo sísmico desta segunda foi seguido por uma réplica de 2.5, totalizando pelo menos 11 tremores superiores a 2.0 nos últimos três dias.
A prefeitura de Pozzuoli determinou o fechamento das escolas nesta segunda por precaução, e as autoridades da província de Nápoles conduzem verificações em colégios e edifícios residenciais para averiguar possíveis danos.
Os terremotos se somam a uma longa sequência de eventos sísmicos desde o ano passado em Campi Flegrei, termo em grego antigo que significa “campos ardentes”. A região, onde vivem mais de meio milhão de pessoas, passa por uma fase de “bradismo”, fenômeno que eleva o nível do solo a partir do gás e magma acumulados nas profundezas.
Diferentemente do vizinho Vesúvio, os Campi Flegrei não têm um vulcão principal, mas sim diversas crateras espalhadas por uma estrutura chamada “caldeira”, ou seja, uma área rebaixada e relativamente circular que se formou devido à erosão causada por erupções passadas.
Segundo o INGV, não há risco de erupção iminente.