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Noitadas na mansão do ex-premier Silvio Berlusconi viram histórias em quadrinho na Itália

A investigação e o processo do caso Ruby, que já rendeu ao ex-premier italiano Silvio Berlusconi uma condenação em primeiro grau a sete anos de prisão por prostituição de menores e abuso de poder, virou história em quadrinhos no país. Escrita pelos jornalistas Gianni Barbacetto e Manuela D'Alessandro e com desenhos de Luca Ferrara, a graphic novel "Ruby: Sexo e poder em Arcore" conta passo a passo a explosão do escândalo que revelou a existência de grandes noitadas com garotas de programa na mansão do Cavaliere.

Segundo seus autores, a HQ, narra o "Rubygate" como o fim de uma época e mostra o que havia no coração do "berlusconismo": sexo, poder e onipotência. A história contada por meio de ilustrações, mas baseada nos autos judiciais (alguns dos quais estão presentes no livro, que inclui também uma cronologia dos fatos), apresenta vítimas e carrascos, mulheres que se submetem aos desejos do "rei" e personagens inquietantes, que entram na corte como amigos, embora nadando em um ambiente turvo.

Ruby é o nome pelo qual ficou conhecida a marroquina Karima El Mahroug, com quem Berlusconi teria mantido relações sexuais em troca de pagamento quando a jovem ainda era menor de idade. Segundo a sentença da quarta seção penal do Tribunal de Milão, ela estava inserida "no sistema de prostituição de Arcore", nome da mansão do ex-primeiro-ministro, onde, sob seu comando, entrava em cena o "bunga-bunga", exibições sensuais organizadas para "satisfazer os seus desejos".

Além disso, de acordo com os magistrados, Berlusconi se aproveitou do cargo de chefe de governo para evitar que tais fatos fossem divulgados e pressionar a polícia da capital da Lombardia para obter a libertação de Ruby, então acusada de furto. A defesa do Cavaliere já entrou com um recurso contra a condenação, alegando que a marroquina sempre negou ter feito sexo com o ex-premier.

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