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No Chile, primeiro-ministro italiano Matteo Renzi inicia viagem de seis dias pela América Latina

Liderando uma comitiva de 90 empresários, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, iniciou uma viagem de seis dias pela América Latina, que inclui passagens por Chile, Peru, Colômbia e Cuba.

 

A primeira etapa do roteiro é em Santiago, onde o premier foi recebido pela presidente chilena, Michelle Bachelet. Durante o encontro, Renzi agradeceu pelo apoio do país à candidatura italiana a um assento não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

 

"A história sozinha não basta, é preciso construir o presente e o futuro. Isso o que nos une, antes mesmo dos acordos comerciais e da amizade entre nossos antecessores. Nos une a ideia de que a Itália e o Chile têm um papel em um mundo que muda", disse.

 

Já Bachelet elogiou as reformas promovidas pelo premier, principalmente no trabalho e na administração pública. Além disso, ela parabenizou Roma por seu papel na maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. "A Itália é um exemplo e nos incentiva a colaborar para a solução desse drama humanitário. Ela terá nosso apoio no futuro", afirmou.

 

Em seguida, Renzi, fez um discurso para estudantes na Universidade do Chile e citou o mais célebre dos poetas locais, Pablo Neruda. "Podem cortar todas as flores, mas não deter a primavera", declarou, convidando os jovens a acreditaram na política, mesmo diante de casos de corrupção.

 

O chefe de governo continua seu roteiro em Antofagasta, no norte do país andino, onde conhecerá a estrutura do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), um dos mais importantes complexos astronômicos do mundo.

 

No dia seguinte, ao lado do primeiro-ministro peruano, Pedro Cateriano, Renzi visitará o sítio arqueológico de Machu Picchu, antes de seguir para Lima. Na capital, ele visitará empresas italianas e terá uma reunião com o presidente Ollanta Humala.

 

Em 27 de outubro, terça-feira, o premier desembarca em Bogotá, na Colômbia, para um encontro com o mandatário Juan Manuel Santos e com a comunidade italiana local. Na quarta, Renzi encerra seu tour pela América Latina com uma passagem por Havana, onde será recebido pelo presidente Raúl Castro.

 

Essa será a primeira vez que um primeiro-ministro da Itália viaja a Peru, Colômbia e Cuba, enquanto o Chile foi visitado por Romano Prodi. Juntos, os quatro países importam mais de 2 bilhões de euros da nação italiana. Além disso, Roma quer aproveitar as oportunidades para o capital estrangeiro em Havana por conta da retomada das relações diplomáticas com os Estados Unidos.

 

Entre as empresas que o acompanham, estão as estatais ENI (petróleo e gás) e Enel (energia) e o conglomerado industrial Finmeccanica. Em plena recuperação econômica, a Itália vem tentando ampliar suas parcerias comerciais com nações em desenvolvimento.

 

Contudo, até então, o foco de Renzi vinha sendo a África e a Ásia, continentes já visitados por ele durante seu período de um ano e oito meses no governo.

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