
O número de migrantes mortos no mar enquanto tentavam chegar à Europa mais que dobrou em 2021, de acordo com dados divulgados pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
De acordo com o órgão da ONU, 1.146 pessoas morreram ou desapareceram na travessia no primeiro semestre, um aumento de 123,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 70% na comparação com 2019.
A maior parte dos casos, 896, ocorreu no Mediterrâneo, enquanto 250 foram registrados no Oceano Atlântico, durante a travessia entre Marrocos e as Ilhas Canárias, que pertencem à Espanha.
“A OIM reitera o pedido aos Estados para que adotem medidas urgentes e proativas para reduzir a perda de vidas humanas nas rotas migratórias marítimas para a Europa e para respeitar o direito internacional”, disse o diretor-geral da entidade, Antonio Vitorino, por meio de uma nota.
“Aumentar os esforços de busca e socorro, utilizar mecanismos de desembarque previsíveis e garantir acesso a rotas migratórias seguras e legais são passos cruciais para alcançar esse objetivo”, acrescentou Vitorino, ressaltando que o número de vítimas deve estar subestimado.
Segundo ele, ONGs que operam no Mediterrâneo já reportaram “centenas de casos de naufrágios invisíveis” que não entraram nas estatísticas oficiais.