O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, destacou no Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres, o compromisso da Itália em combater todas as formas de violência que atingem milhões de mulheres no mundo.
O chanceler italiano destaca em uma nota "que este tipo de violência é uma violação grave dos direitos humanos e infelizmente muito difundida, que atinge a vida de muitas mulheres e é um obstáculo sério para alcançar a igualdade, o desenvolvimento e a paz".
"A igualdade de gêneros é um dos objetivos do Milênio porque muitas vezes é da discriminação que nasce a violência", se lê na nota da Farnesina, a sede da chancelaria italiana.
Neste sentido a chancelaria italiana elaborou "um Plano de Ação italiano, que deve ser adotado até o final de 2010, para a aplicação da resolução 1325 do Conselho de Segurança sobre 'mulheres, paz e segurança', resolução que contém uma referência explícita ao impacto da guerra sobre as mulheres e o reconhecimento da contribuição feminina na resolução dos conflitos e para uma paz douradora".
No próximo ano, a Itália passa a integrar o Conselho Executivo de "UN Wowen", a nova instituição criada pela ONU para promover a igualdade de gênero e o avanço das mulheres, que começará a operar em 1º de janeiro de 2011.
"Esta instituição pode e deve representar uma mudança nas políticas de gênero e ter um papel de liderança e impulso. Por este motivo a Itália irá contribuir para que esta se torne um instrumento para a afirmação progressiva dos direitos das mulheres", finaliza o documento.
Segundo dados do Instituto Italiano de Estatísticas (Istat), na Itália mais de 7 milhões de mulheres entre 16 e 70 anos sofrem anualmente violência sexual ou física, e entre estas 3 milhões sofreram agressões durante um relacionamento ou depois de terminá-lo.
Um estudo da ONU mostra que a violência é a primeira causa de morte para as mulheres no mundo. Uma em cada três mulheres já foi espancada, violada sexualmente ou vítima de algum tipo de abuso.