A ministra do Interior da Itália, Annamaria Cancellieri, afirmou que as autoridades estão acompanhando "com atenção" os protestos e greves realizados em todo o país por trabalhadores do sistema de transporte.
Segundo ela, "estamos abertos ao diálogo, mas também dispostos a usar todos os instrumentos que a lei coloca à disposição".
Cancellieri também destacou que "não serão tolerados bloqueios de estradas", pois "é preciso levar em conta o direito dos cidadãos".
Desde o fim de semana, algumas estradas e avenidas têm sido palco de manifestações.
Os taxistas italianos estão em greve nacional.
Os locais mais prejudicados são os aeroportos e estações.
A paralisação foi convocada para protestar contra liberalizações no setor de serviços da Itália, que fazem parte de um plano de medidas propostas pelo primeiro-ministro Mario Monti para recuperar a economia.
Os taxistas protestam contra mudanças no setor, principalmente na concessão de licenças para táxis, gesto que tem a intenção de intensificar a concorrência.
A Itália atualmente conta com cerca de 14 mil taxistas, sendo 8 mil somente em Roma. Em 2007, o governo também tentou impor mudanças no setor, o que gerou protestos até que as autoridades desistissem.
O sindicato dos trabalhadores e condutores de veículos de transporte terrestre da Itália (Trasportounito) também anunciou greve.
Muitos caminhões bloqueiam as pistas e rodovias. As manifestações são contra o aumento no preço da gasolina e dos pedágios, entre outras coisas.