
O Ministério Público de Roma pediu o arquivamento do inquérito contra os ministros do Interior, Matteo Salvini, e da Justiça, Alfonso Bonafede, por conta da exposição de Cesare Battisti em sua chegada à Italia.
A denúncia havia sido feita pela Câmara Penal de Roma, órgão que reúne advogados penalistas da capital italiana, e fazia referência ao artigo terceiro da Convenção Europeia de Direitos Humanos, que proíbe “tratamentos desumanos e degradantes” a detentos.
A entidade questionava a exposição feita por Salvini e Bonafede de Battisti em sua chegada à Itália, no último dia 14 de janeiro. O ministro da Justiça chegou até a publicar um vídeo em estilo clipe musical para retratar a prisão do ex-membro do grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
A decisão sobre o arquivamento, no entanto, cabe ao Tribunal dos Ministros, já que Salvini e Bonafede possuem foro privilegiado.
Ainda que a corte rejeite o pedido e decida prosseguir com o inquérito, a realização do processo dependeria da aprovação do Parlamento.
Battisti cumpre pena de prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, após ter passado quase 40 anos foragido.