
Mergulhadores dos bombeiros da Itália recuperaram os corpos de quatro dos seis desaparecidos no naufrágio do veleiro de luxo Bayesian, na costa da Sicília, sul do país, e localizaram mais um cadáver nos destroços da embarcação.
De acordo com as primeiras informações, dois dos quatro restos mortais já levados à superfície pertencem a dois homens que estavam em uma cabine interna do iate. Dois cadáveres não tiveram o sexo divulgado, e um permanece no veleiro, enquanto outro ainda não foi encontrado.
A lista de desaparecidos inclui o magnata britânico do setor de tecnologia Mike Lynch, proprietário do Bayesian, e sua filha, a estudante Hannah Lynch; o presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e sua esposa, Judy Bloomer; e o advogado de Lynch, Chris Morvillo, e sua mulher, a designer de joias Neda Morvillo.
O veleiro afundou na última segunda-feira (19), devido a um tornado repentino na costa da Sicília, enquanto estava estacionado no Porto de Porticello.
Uma câmera de segurança de uma residência nos arredores mostrou que a embarcação, fabricada pelo estaleiro italiano Perini Navi, desapareceu em apenas 60 segundos.
Ao todo, o iate levava 12 passageiros e 10 tripulantes, e 15 pessoas conseguiram se salvar. Até o momento, a única morte confirmada é a do cozinheiro do Bayesian, Ricardo Thomas.
Segundo um engenheiro do Italian Sea Group, proprietário da Perini Navi, a hipótese mais provável é de que o iate tenha afundado por um “erro humano ou uma postura pouco adequada para lidar com a eventual chegada de perturbações”.
De acordo com o especialista, que deu entrevista a título pessoal e preferiu permanecer anônimo, entre as possíveis falhas estão o não fechamento do casco da embarcação, o desligamento dos motores e a presença de pessoas dentro das cabines, o que dificultaria a evacuação.
“Entre os protocolos básicos de segurança está o de sempre ter alguém para verificar os avisos de tempestade, mesmo com o barco ancorado. Além disso, mesmo com a chegada do tornado, havia tempo de sobra para se salvar, 15 minutos teriam sido suficientes para ativar todas as medidas de segurança”, disse o engenheiro.