
Enquanto a maior parte dos países europeus estuda medidas para reduzirem o número de infrações e acidentes nas rodovias, o governo italiano segue na direção oposta e aprova o limite máximo de 150 km/h em 2.000 dos 6.000 quilômetros de suas estradas.
Assim como no Brasil, na Itália também se usa o sistema de pontos na habilitação para punir os motoristas infratores, mas o procedimento para a cassação do documento ocorre de maneira diferente.
Por aqui, o condutor perde o direito de dirigir se atingir o limite de 20 pontos, enquanto no país europeu, cada carteira de motorista é emitida já com 10 pontos, que são subtraídos conforme o número e o grau de gravidade das infrações cometidas. O cidadão perde o direito de conduzir um automóvel se a sua pontuação chegar a zero.
O novo limite de velocidade estipulado pelas autoridades italianas tem uma tolerância de até 157 km/h, mas se o motorista for pego dirigindo entre 158 km/h e 167 km/h, terá de pagar uma multa de 38 euros, porém não perde pontos na habilitação.
Se o condutor for apanhado correndo entre 168 km/h e 200 km/h, perderá três pontos e terá de arcar com 155 euros. Já os apressadinhos que forem flagrados entre 200 km/h e 221 km/h terão um prejuízo de 500 euros e cinco pontos a menos na carteira de motorista. Acima desta velocidade, a penalidade é de 779 euros e o condutor perde o direito de dirigir.
Algumas entidades ligadas à polícia italiana se manifestaram contra as autoridades de trânsito e dizem que tal medida é uma “verdadeira bofetada em quem pretende combater os desastres”. No país da Ferrari, os donos das “macchina” devem estar comemorando esta brecha que permite pisar mais fundo no acelerador.