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MANIFESTAÇÃO: Milhares de pessoas protestam contra Silvio Berlusconi na Itália


Dezenas de milhares de pessoas protestaram em Roma contra o chefe de governo, Silvio Berlusconi, em uma concentração na qual a participação esteve abaixo do primeiro "No Berlusconi Day", que reuniu meio milhão de pessoas em dezembro de 2009.
Protesto contra Berlusconi
Segundo a prefeitura, os manifestantes eram em torno de 50.000 e, segundo os organizadores, um grupo cívico sem etiqueta política batizado de Povo Violeta, eram em torno de 500.000.


A passeata saiu da praça da República e foi até a praça de São João de Latrão, onde vários grupos musicais apresentaram-se em um cenário no qual também intervieram vários membros da sociedade civil.

Usando cachecóis violetas, os manifestantes agitavam cartazes com slogans dirigidos a Berlusconi nos quais se lia: "Dimettiti!" ("Demita-se").

"Em um ano, as coisas não melhoraram na Itália, ao contrário", explicou à AFP Paola, uma funcionária farmacêutica de 27 anos.

"Esperava que houvesse menos gente hoje", disse a jovem, que explica a mobilização menor pelo fato de que "não há mais efeito de novidade, mas também porque as emissoras não falaram de nosso protesto".

Segundo o blog do movimento, as principais reivindicações dos manifestantes são uma lei sobre o conflito de interesses para colocar fim ao controle de Berlusconi sobre a informação através de seu império midiático, uma nova lei eleitoral e eleições antecipadas.

Perspectivas com poucas chances de prosperarem, já que Berlusconi, apesar das graves divisões em sua maioria, obteve na quarta e quinta-feira o voto de confiança do Parlamento. As próximas eleições legislativas estão previstas para 2013.

"A mensagem que quero enviar a este governo é que é tempo de entrar na legalidade. Foram eleitos pelo povo para trabalhar, mas só pensam em seus interesses", disse Agostino De Pasquale, um ex-policial de 55 anos.

O Povo Violeta, criado na Internet, define-se como um grupo cidadão que representa a sociedade civil para além das simpatias partidárias, apesar de, na prática, a maioria de seus apoiadores virem da esquerda.

Entre os participantes da manifestação deste sábado estava o principal sindicato italiano, o CGIL, de esquerda, e que reivindica cinco milhões de afiliados, e o Partido Democrata (PD, esquerda, principal partido de oposição) como sua presidente, Rosy Bindi.

O movimento conta também com o apoio da Itália dos Valores, o partido de oposição claramente anti-Berlusconi, criado pelo antigo juiz anticorrupção Antonio Di Pietro, que esteve presente na manifestação.

Berlusconi é um "violador da democracia". "Direi isso até meu último suspiro", declarou Di Pietro durante a manifestação.

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