A jornalista e escritora italiana Miriam Mafai faleceu aos 85 anos em Roma, após uma longa doença. A morte de Mafai, que se tornou famosa na Itália tanto por sua atividade jornalística como política, abalou e surpreendeu muitas autoridades. O presidente italiano Giorgio Napolitano atestou que Mafai foi "uma das mais fortes personagens femininas das últimas décadas".
"Herdeira de uma alta tradição intelectual e artística familiar, se empenhou muito jovem na Resistência romana, afirmando-se logo como jornalista de grande talento e combatividade, em estreita ligação com o movimento de emancipação feminina e com a atividade política de esquerda", relatou Napolitano. Ele enviou uma mensagem à família de Mafai expressando sua dor pelo falecimento. "Na lembrança da amizade sincera que nos uniu, fica a imagem viva de sua humanidade apaixonada, afetuosa e aberta", disse o chefe de Estado italiano.
Segundo Napolitano, "o espírito crítico com o qual refez suas escolhas ideais era parte de um temperamento moral alheio às convenções e partidarismos".
A jornalista participou da Resistência antifascista em Roma militando pelo Partido Comunista Italiano (PCI) e depois em seu sucessor Partido Democrata de Esquerda (PDS), pelo qual foi deputada.
Por 30 anos ela escreveu para o jornal La Repubblica, depois de trabalhar para a revista "Vie Nuove" e o jornal "L''Unità" do PCI.
Também foi diretora de "Noi donne" e correspondente de "Paese Sera".