A Itália se uniu aos governos que vêm defendendo nos últimos dias mudanças no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e exortou por somente um assento europeu entre os membros do organismo.
"Estamos por um acento da Europa e acreditamos que uma reforma da ONU deva se dirigir a uma maior democratização e uma maior representatividade", declarou o ministro de Relações Exteriores, Franco Frattini, em um fórum de diálogo entre Itália e Turquia.
"Há áreas do mundo que devem ser melhor representadas. Penso, por exemplo, na África. É conhecida a posição italiana no que se refere à Europa, existem assentos históricos como Reino Unido e França. A história não pode ser mudada, mas o presente sim", continuou ele.
O Conselho de Segurança da ONU é formado por cinco membros permanentes com direito a veto (além de Reino Unido e França, Estados Unidos, China e Rússia, as nações vencedoras da Segunda Guerra Mundial 1939-1945) e 10 membros não-permanentes (atualmente Brasil, México, Japão, Áustria, Uganda, Turquia, Nigéria, Líbano, Gabão e Bósnia Herzegóvina).
"O presente se chama Tratado de Lisboa [legislação da União Europeia que entrou em vigor no ano passado] e o tratado caminha na direção de um assento europeu", apontou o chanceler, afirmando não querer dizer "não a ninguém", mas "sim ao assento europeu".
O CS foi discutido pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama em sua visita à Índia. Em um discurso no Parlamento local, ele indicou "que nos anos vindouros desejamos um Conselho de Segurança reformado" e apoiou a demanda do país asiático por um assento permanente. (ANSA)